O Estado de Minas Gerais, devido às fortes chuvas, tinha, no último relatório da Defesa Civil, 138 municípios em situação de emergência. “Cidades que até ontem não haviam decretado estado de emergência passaram a fazê-lo, porque rios transbordaram.
O último número que eu tenho é de cerca de 154 cidades. Mas, muito provavelmente, com as chuvas intensas desse final de semana, vai ser ampliado”, disse o governador Romeu Zema, mas a Defesa Civil, logo após, corrigiu este número para 138 cidades.
“A boa notícia é que nos próximos dias muito provavelmente a chuva vai parar. Mas nesse momento a tendência é que o número de cidades venha inclusive a subir porque a chuva continuou”, disse o governador.
Durante a noite, a chuva continuou. A água, segundo informações do Corpo de Bombeiros de MG, atingiu 2,5 metros de altura, após transbordamento do Rio das Velhas.
No boletim da Defesa Civil emitido mais cedo, autoridades apontavam ocorrências em Sabará, Raposos, Brumadinho, Mário Campos, Betim, Nova Lima, Juatuba, Rio Acima, Mateus Leme e Contagem.
Barragem transbordou
As chuvas de sábado fizeram com que uma estrutura de contenção de água da Mina de Pau Branco, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, transbordasse, atingindo os arredores da estrutura, inclusive carros que passavam pela BR-040.
O km 562 da rodovia, que passa perto da Mina do Pau Branco, seguia interditado, ontem, segundo a Polícia Rodoviária de MG, que reforçou que o bloqueio deve continuar até fim das obras da Vallourec, dona da mina.
A polícia disse ainda que, enquanto permanecer grande volume de chuva na região, não existe condição segura para liberação do tráfego no local.
Deslizamento de pedras em Capitólio
O excesso de chuvas, que também ocasionou o deslizamento de pedras no Lago de Furnas, ponto turístico localizado em Capitólio (MG), cidade localizada a cerca de 280 quilômetros da capital Belo Horizonte, deixou ao menos 10 mortos, entre pessoas que estavam, nas lanchas, no local, no início da tarde de sábado (8).
Não há mais pessoas desaparecidas, segundo último relatório dos Bombeiros. Havia mais de 70 homens participando das buscas das vítimas.
O governador Romeu Zema disse ainda que é provável que, após estudos geológicos, seja determinado que, em período chuvoso, a região dos cânions fique sem acesso para turistas. Questionado sobre responsáveis pela tragédia, Zema ressaltou: “Estamos falando de uma área de jurisdição da Marinha, então é algo que teremos que analisar”.
Fonte: CNN