Larissa Bohrer
Brasil Atual
Um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação, a pedido do canal de comunicação CNN Brasil, mostra que a principal causa de os transportes públicos serem um ponto maior de contaminação é porque o fluxo de troca do ar é menor do que o ideal para controlar a disseminação de vírus pela atmosfera.
Com a grande movimentação diária de pessoas que circulam entre os trens, ônibus e metrôs, a chance de se contaminar cresce.
O médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto explica que o vírus SARS-COV-2 é transmitido por via respiratória e que a melhor forma de se proteger é usar máscaras.
“É uma doença de transmissão respiratória, através dos aerossóis que nós não conseguimos enxergar. Quando nós falamos, por exemplo, nós emitimos aerossol. A única forma de controlar a emissão de aerossol e diminuir os riscos das pessoas com qual convivemos e comunicamos é através do uso de máscara. As máscaras de panos são eficazes se elas tiverem três camadas, ou se for de duas camadas, usar duas máscaras. Com isso nós conseguimos quase 96% de controle da emissão de gotículas (do vírus), e também nos protegermos”.
Além de ônibus lotados, com pouca ventilação, os passageiros também enfrentam as más condições dos transportes.
Edy Aparecida, que trabalha de domingo a domingo na portaria de um condomínio, conta que precisa sair de casa às 3 e meia da manhã para conseguir pegar o ônibus. Ela que mora em Cipó-Guaçu, no extremo Sul da capital, diz que não tem muitos ônibus em circulação e os que tem, são sujos, com cadeiras e pegadores quebrados.
Ela se protege usando máscara, luvas e uma blusa com capuz para evitar o contato pele a pele. Segundo Edy, o bairro em que mora, Jardim Cristiane, tem muitos casos de Ômicron. Atualmente 8 vizinhos da rua estão infectados. Para a moradora, a situação é de abandono por parte da prefeitura.
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