O governador Paulo Dantas decretou, no sábado (2/7). estado de calamidade pública em 51 municípios alagoanos, em consequências dos danos provocados pelas inundações nas cidades ribeirinhas dos rios Paraíba e Mundaú.
Cidades como Quebrangulo, Cajueiro e Atalaia, no Vale do Paraíba, foram as que mais sofreram com a enchente do rio.
O Rio Mundaú fez estragos nas cidades de União dos Palmares, Branquinha e Murici. Durante reunião em Palácio no fim da tarde deste sábado, 2, o governador decidiu que o Estado vai realizar ações para socorrer a população das áreas atingidas pelas fortes chuvas.
Segundo ele, serão ações de prevenção e monitoramento para proteger a população, além da assistência necessária as famílias atingidas pelas enchentes dos rios.
Mais de 300 servidores públicos atuam no socorro às vítimas
O governador de Alagoas, Paulo Dantas, informou que novas cidades ainda podem ser incluídas no decreto. O levantamento inicial, feito com dados da Defesa Civil e da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), mostra que 29 cidades foram as mais afetadas pela precipitação dos últimos dias.
Paulo Dantas relatou que desde a noite da sexta-feira (1º) mais de 300 servidores do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e demais órgãos trabalham no socorro e assistência às vítimas. O Estado colocou também três helicópteros e 10 botes à disposição para o trabalho de assistência a desabrigados e desalojados.
“Conversei com vários prefeitos e garanti apoio aos municípios. Vamos distribuir cestas básicas, água, colchões e produtos de higiene; e continuar pagando o Auxílio-Chuvas às famílias desabrigadas e desalojadas”, declarou Paulo.
Gabinete de Crise
Uma das primeiras medidas tomadas pelo governo foi a instalação do Gabinete de Crise, que terá a coordenação do governador e será composto pelo Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, secretarias do Gabinete Civil, Assistência e Desenvolvimento Social, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Comunicação e dos Transportes. Foram convidados ainda a Procuradoria-Geral do Estado, Casal e a concessionária de energia Equatorial.
O governador esteve na manhã deste sábado (2) nos municípios de Atalaia e União dos Palmares e sobrevoou ainda Murici e Branquinha.
Abastecimento de água
As chuvas levaram muita lama e sujeira e sedimentos para os mananciais, comprometendo o funcionamento das estações de captação, elevatórias e de tratamento. Assim, em razão da segurança operacional, a Companhia precisou desativar emergencialmente alguns sistemas de abastecimento.
Foi suspenso ou tem restrição o abastecimento em Arapiraca, Palmeira dos Índios, Capela, Quebrangulo, Colônia Leopoldina, Passo de Camaragibe, Novo Lino e Ibateguara.
A Casal pede que a população dessas cidades economize água e, em caso de dúvidas, ligue para o Call Center 0800 082 0195.
Sala de Alerta
O coordenador da Sala de Alerta da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Vinícius Pinho, disse que a previsão é que haja uma redução significativa do nível de chuvas em Alagoas, mas a grande preocupação é com as chuvas no estado de Pernambuco, que podem impactar os rios em Alagoas.
“Nos últimos 60 dias tivemos um volume de chuvas de 1.000mm, o que corresponde ao esperado para o ano inteiro. Só nesses últimos dois dias choveu 75% do que estava previsto para todo o mês de julho.
Vinícius Pinho acrescentou que o volume de chuvas deste ano foi bem mais intenso do que o verificado em 2010. “Ainda não fizemos um estudo sobre isso, mas 10 medidores pluviométricos que instalamos nas bacias do rios registraram volume acima dos de 2010. E pelo menos quatro foram encobertos pelas águas”, explicou Vinícius.
Hospital
O município de União dos Palmares foi um dos mais atingidos. O Hospital Regional da Mata foi afetado pela queda de energia causada pelas chuvas.