São Paulo – As novas sanções impostas pelos Estados Unidos à Venezuela revelam, mais uma vez, a face cruel da política imperialista. Sob a justificativa de defender a democracia, o governo norte-americano impõe medidas coercitivas unilaterais que visam asfixiar a economia venezuelana e submeter sua população a uma crise humanitária forjada. Essa política, longe de promover a democracia, aprofunda as divisões e intensifica o sofrimento de milhões de pessoas.
As novas medidas anunciadas, que visam punir a realização de eleições consideradas ilegítimas por autoridades do imperialismo, atingem 60 autoridades, incluindo membros do Conselho Nacional Eleitoral e da Suprema Corte, instituições que, a partir da reforma chavista, têm profunda relação com a soberania do país. As sanções, que incluem a proibição de viagens aos EUA e o bloqueio de ativos financeiros, são mais uma etapa na estratégia norte-americana de isolar o governo de Nicolás Maduro e promover uma mudança de regime no país à revelia dos trabalhadores venezuelanos.
A comparação das sanções com as políticas nazistas pode parecer extrema, mas não é. Assim como os nazistas buscavam a dominação de outros povos através da fome e da miséria, os Estados Unidos utilizam as sanções como uma arma de guerra para submeter a Venezuela. Essa política, ao atacar a população civil de forma indiscriminada, configura um crime contra a humanidade até segundo entidades de governança global sucursais ao imperialismo. Apesar das adversidades, o povo venezuelano tem demonstrado uma incrível capacidade de resistência. A organização popular e a solidariedade internacional têm sido fundamentais para enfrentar os desafios impostos pelas sanções. É preciso fortalecer esses movimentos de solidariedade e exigir o fim imediato do embargo.
Tirando as novas medidas, as principais sanções impostas pelos EUA à Venezuela, que já ultrapassam a marca de 900, incluem:
- Setor de Petróleo: Uma das áreas mais afetadas pelas sanções é a indústria petrolífera venezuelana, que é a principal fonte de renda do país. As restrições incluem a proibição de importação de petróleo venezuelano pelos EUA e a dificuldade de outras nações em comprar petróleo venezuelano sem enfrentar penalidades.
- Setor Financeiro: O sistema financeiro venezuelano foi alvo de diversas sanções, dificultando transações financeiras internacionais e limitando o acesso a crédito. Isso tem um impacto significativo na economia venezuelana como um todo.
- Sanções Individuais: Além das sanções setoriais, os EUA impuseram sanções a diversos indivíduos, incluindo políticos, militares e empresários venezuelanos, que são considerados responsáveis por violações de direitos humanos ou corrupção. Essas sanções geralmente incluem congelamento de ativos nos EUA e proibição de viagens.
- Setor de Mineração: Em 2024, os EUA retomaram sanções contra a mineradora estatal venezuelana, Minerven, afetando ainda mais a economia do país.
- Outras Restrições: As sanções abrangem outros setores da economia venezuelana, como o setor de energia, o setor de defesa e o comércio de ouro.
Os objetivos das sanções impostas pelos EUA à Venezuela não são variados, como divulga a propaganda imperialista, e se resumem à mudança de regime. Seu impacto é devastador na economia do país, agravando a crise humanitária e causando sofrimento à população, tendo como principais consequências a hiperinflação, a escassez de alimentos e medicamentos e, por fim, o êxodo em massa na América Latina.
Fonte: DCO