Abaixo a ditadura. A internet deve ser 100% livre, sem controle dos monopólios ou do Estado

Apresentador Monark (Bruno Aiub)foi proibido de abrir um canal no YouTube
Foto: Olival Santos

Redação DCO

O caso do youtuber Bruno Aiub, conhecido como Monark, serviu para revelar a verdadeira política da esquerda pequeno-burguesa. Uma esquerda sem princípios, a reboque dos grandes capitalistas, que através da política do cancelamento e da defesa “do bem”, tem passado por cima dos direitos democráticos.

Por meio disso, a burguesia, usando a esquerda como massa de manobra, tem conseguido atingir um objetivo antigo: o cerceamento da internet, uma das invenções mais democráticas dos últimos tempos. Um meio de comunicação de massas que, inicialmente, não estava sob controle dos monopólios. Podia-se falar e ser ouvido por milhões sem dispor dos recursos vultosos de que a imprensa tradicional necessita. Lógico que quanto mais dinheiro, maiores as chances de sucesso, mas a liberdade da internet permite muito mais que indivíduos ou pequenas empresas tenham um alcance gigantesco e ameace economicamente e também politicamente os interesses dos grandes monopólios.

A internet surgiu para o povo, depois de ter sido desenvolvida para fins militares, como um ambiente livre. Se não totalmente, trata-se sem dúvida de um ambiente bastante democrático. Pessoas do mundo inteiro puderam estar em contato uns com as outras. Pessoas no Brasil puderam se informar sobre o que ocorria em outros países. Indivíduos ou grupos sem recursos puderam montar seus jornais, blogs, televisões, sites, rádios, sem possuir capital para isso, e aproveitando-se da facilidade de obter informações. Fortaleceu a imprensa independente e aumentou o alcance da opinião, através de redes sociais, de diversos elementos que estavam limitados ao bate-papo na rua, no telefone ou por correspondência.

Essa democratização da opinião, no entanto, nos últimos anos, tem sido vítima dos monopólios de comunicação, que querem, naturalmente, limitar essa conquista. É nesse sentido que entra a política de combate às “fake news” (como se a grande imprensa capitalista não fosse, ela mesma, a maior mentirosa do mundo), de censura em nome da “ciência”, do “combate ao discurso de ódio”, da “moral pública”, etc.

Primeiro, a internet começou a ficar monopolizada na mão de algumas plataformas, que usam os algoritmos para estimular alguma opinião e para esconder alguma outra. Depois, essas plataformas, em aliança com os monopólios internacionais, partiram diretamente para a censura.

O CASO MONARK

O caso Monark revela bem esse quadro. O podcaster é alvo de uma campanha de calúnias, sendo acusado de nazista por ter emitido uma opinião. Monark não é nazista, apenas defendeu o amplo direito de organização. A campanha de calúnias, não há de haver dúvidas, surgiu dos setores poderosos da sociedade, o monopólio de imprensa, os lobistas internacionais e a direita.

Para a Globo, por exemplo, o Flow Podcast, um dos maiores (se não o maior) do Brasil, é uma ameaça. Primeiro porque tira a audiência que por “lei divina” seria deles. Segundo porque traz opiniões que divergem do consenso estabelecido pelos donos do mundo. A mesma campanha ocorre contra o apresentador do maior podcast dos Estados Unidos, Joe Rogan, que é acusado de nazista, negacionista, transfóbico, racista, misógino, entre outras coisas.

A censura a Monark serve a isso, não tem nada a ver com “luta antifascista”, que foi inventada nesse caso apenas para justificar os interesses espúrios dos monopólios. Por isso, a internet deve ser absolutamente livre, sem controle algum dos monopólios ou do Estado. A esquerda, em nome da tradicional luta pela liberdade de expressão irrestrita, deve defender uma internet 100% livre. Caso contrário, será apenas um instrumento do imperialismo.

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