Alckmin, o Cavalo de Troia da direita para sabotar Lula

IREMAR MARINHO

Tratativas da direita para fazer penetrar seu Cavalo de Troia Geraldo Alckmin, na fortaleza da candidatura de Lula a presidente, para sabotá-la, deram uma esfriada diante da indefinição dos partidos direitosos PSB e PSD em abrigar o candidato a vice à venda ao PT.

Atitude vergonhosa de dirigentes do PSB, tentando chantagear o PT para empurrar o Picolé de Chuchu para cima de Lula que, com ampla maioria na preferência do eleitorado, não precisa de nenhum aporte político da direita para exercer o governo, o que já fez, com habilidade, competência e apoio do Congresso e da população, em dois mandatos consecutivos.

Está mais do que escancarado qual seria o papel de Alckmin em uma chapa com Lula, dados os pontos do programa que vem o candidato do PT formulando, com frequência, como fundamentais para serem executados em um futuro governo da esquerda, a partir de 2023.

Geraldo Alckmin, que não é capaz de trazer nenhum benefício à candidatura de Lula, é o perfeito presente de grego da burguesia, sequiosa de implodir a volta ao país de um programa de governo de inclusão social e de recuperação dos direitos do povo e do patrimônio nacional, roubados a partir do golpe fascista de 2016, do qual o pretenso bode na sala da esquerda fez parte.

Imagine-se Lula, no governo, – promover a regulação democrática constitucional da mídia de versão única, capitaneada pela Rede Globo, que deverá ser um dos pontos mais importantes de seu terceiro mandato presidencial, – tendo ao lado Geraldo Alckmin, o sempre bafejado por essa imprensa de compadrio.

A avaliação perfeita do que representa para a direita Geraldo Alckmin, como vice de Lula, pode ser feita observando-se a euforia com que a mídia de cabresto, na TV, na internet e no que resta de impresso comemora a montagem do seu Cavalo de Troia.

Nenhuma crítica, nenhuma reparação a esse arranjo pré golpista, nesses meios manipulados. Apenas a ala miliciana do entorno de Bolsonaro torce a cara para Alckmin nessa empreitada da direita, porque a ela (a milícia) não cabe avalizar a estrutura política da campanha de Lula.

Livre da imposição de aceitar misturar-se com serpentes fascistas golpistas, sob o falso pretexto da governabilidade, espera-se que Lula misture-se a cada dia ao povo, aos trabalhadores, e escolha junto a eles o candidato a vice que melhor represente os justos anseios populares, para que possa realizar a tarefa gigantesca que herdará: juntar os cacos partidos do país, estraçalhado pelo desgoverno genocida militar-miliciano de Jair Bolsonaro.

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