O ato nacional por Fora Bolsonaro e Lula Presidente, realizado no domingo (12), na Avenida Paulista, foi um sucesso estrondoso que representou o tiro de largada para um grande movimento de massas em torno da candidatura do ex-presidente Lula. Ele foi como deve ser a campanha presidencial do líder petista: militante.
Trabalhadores, estudantes, sem terra, sem teto, indígenas, mulheres, negros etc. saíram dos mais diversos cantos do país em caravanas de ônibus, percorrendo quilômetros e quilômetros de estrada, para estarem nas ruas de São Paulo em defesa da candidatura Lula.
Todos os manifestantes expressaram o espírito combativo da maioria da população pobre e explorada do Brasil, que hoje passa fome e não tem emprego graças ao golpe imperialista de 2016 que levou Jair Bolsonaro ao governo ─ golpe este desferido pelos mesmos que hoje se dizem opositores.
Um desses pseudo-opositores é Geraldo Alckmin e seu partido, o PSDB. Alckmin era o governador de São Paulo que, em 2013, reprimiu brutalmente os manifestantes de esquerda que saíram às ruas contra o aumento da passagem e que, graças a essa repressão (utilizando a polícia e os elementos fascistas infiltrados), derrotou o movimento e permitiu que se formasse um movimento coxinha, de características fascistas, que tomou conta do País entre 2014 e 2016. Esse foi o caldo “popular” que permitiu à direita golpista implementar o impeachment de Dilma Rousseff.
Agora, a burguesia quer impor Alckmin como vice de Lula em uma chapa de colaboração de classes que nada mais é do que a sabotagem da candidatura popular de Lula para impedir que ele vença as eleições.
As mobilizações populares tem a finalidade de forças para garantir que sejam os trabalhadores que controlem a candidatura de Lula, e não a burguesia. Esse foi o último ato da esquerda em 2021 e o primeiro grande ato pela candidatura de Lula. Em 2022, o PCO e o Bloco Vermelho ─ responsáveis pela magnífica mobilização ─ irão, desde o início do ano, organizar o movimento pela base para que as massas populares discutam e tomem para si a candidatura de Lula.
Serão realizadas plenárias estaduais e municipais dos Comitês de Luta, que, com o impulsionamento da candidatura Lula, se multiplicarão e chegarão a mais de mil organizações, sendo os instrumentos de luta popular de base responsáveis pelo movimento de massas em torno da candidatura de Lula.
A esquerda deve se unir em torno da candidatura Lula, se realmente quer lutar contra a direita e derrotar o golpe. Não se trata de concordar ou discordar das posições de Lula, se trata de organizar e impulsionar o movimento popular para enfrentar a burguesia e o imperialismo com as próprias reivindicações dos trabalhadores.
Que atos da população se multipliquem pelo Brasil inteiro em 2022, sacudindo as estruturas do regime golpista e demonstrando à burguesia que os trabalhadores estão dispostos a lutar por um governo próprio, que estão dispostos a enfrentar seus inimigos de maneira radical.
DCO – Diário Causa Operária