IREMAR MARINHO
Com um discurso de horrores na TV, Jair Bolsonaro encerrou ano do Genocídio no Brasil, comandado pela sua figura nefasta, no desgoverno do pais. A cada mentira que pronunciava, com o cinismo próprio de um tiranete fascista, soava o ritmo das maquinações que ele promoveu (e continua), impunemente, contra o povo brasileiro.
Genocida indiciado, o desgovernante, – um analfabeto funcional que assaltou a política, o espectro religioso “evangélico”, sobretudo, e o militarismo mais abjeto, para promover grandes cafajestadas, – protagoniza como sua última a omissão criminosa diante da catástrofe que se abate sobre o Estado da Bahia e demais da região Sudeste.
Para transformar o Brasil de Estado laico em “governo de Deus”, o Genocida indiciado fez tudo à maneira dos Aiatolás fundamentalistas, radicais e violentos, e tudo isto impunemente, diante do olhar plácido do Congresso Nacional, do STF, do MPF e demais instituições que têm o dever (e a obrigação) de fazer o desgovernante se curvar à Constituição Federal.
A retrospectiva macabra de três anos de Bolsonaro apresenta pontos altos em escândalos monstruosos, envolvendo o próprio e sua família miliciana e se desenvolve com a continuidade da retirada de direitos da classe trabalhadora, iniciada com o golpe contra a presidente Dilma Rousseff, em 2016.
A entrega da estrutura da Petrobrás a empresas estrangeiras, levando o povo brasileiro a enfrentar a alta desenfreada de preços dos combustíveis e, em cascata, de todos os custos da sobrevivência da população e a privatização de setores essenciais para o desenvolvimento do país, compõem o plano macabro do desgoverno para desmontar a economia brasileira, que já esteve entre as primeiras do mundo.
Apologia da violência e da tortura feita, descaradamente, pelo presidente, utilizando até crianças para dar maus exemplos de sua política nazista, a omissão no combate ao corona vírus, o deboche com as vítimas e famílias dos milhares de mortos na pandemia, o desprezo com a Nação indignada, tudo isto é nada para as instituições nacionais acovardadas.
O embate presente é a necessidade da vacinação urgente das crianças para evitar que se veja alastrar ainda mais a pandemia. O desgovernante, tragicamente, insiste, como um bárbaro desembestado, em negar-se a agir em favor da população, adotando as medidas sanitárias aprovadas pela ciência.
A CPI do Genocídio, única providência institucional que se levantou, parece fadada a ver o desgoverno passar em brancas nuvens, porque, passado o tormento do povo em mãos assassinas, de que valerão medidas post-mortem contra Bolsonaro?
Sem o sistema de freios, que os poderes judiciário e legislativo são obrigados a exercer, e sem que a população se manifeste para retirá-lo da cadeira do palácio usurpada, o déspota Bolsonaro só tende a exacerbar seus instintos criminosos e destrutivos contra o país.
Nesta situação, a pergunta que se faz é: teremos que aguardar, de braços cruzados e pacificamente, ainda mais 365 dias, para fazer, ao fim de 2022, uma retrospectiva macabra do desgoverno Bolsonaro?