Lula vai aceitar Alckmin, Cavalo de Troia pronto para escoiceá-lo, sem mea culpa golpista e anti PT?

Geraldo Alckmin, no seu ambiente natural da direita, entre golpistas. Foto: Reprodução.

A questão primordial no embate da esquerda sobre a adesão do notório golpista e extremista de direita de carteirinha Geraldo Alckmin para compor ao lado de Lula, na provável eleição como o segundo homem mais poderoso da República, é saber se ele vai assinar embaixo o programa de governo radical que é urgente ser posto em prática já a partir primeiro de janeiro de 2023.

Outros ex-direitistas extremos já fizeram caminhos de ingresso em partidos de esquerda, no Brasil (o próprio PT tem exemplos desse tipo).

Mas quem fez esse percurso da extrema direita à esquerda teve que dar conhecimento aos partidos receptores do seu repúdio e renúncia ao que processaram, em seu passado  espúrio, contra as ideologias e as práticas progressistas, enfim procederam ao mea culpa do que tramaram, praticaram e defenderam contra o povo brasileiro, em seus desgovernos ou em suas tribunas políticas.

E com Geraldo Alckmin vai ser diferente?

É verdade que com Alckmin junto a Lula e passando ele a apoiar Fernando Haddad para governador de São Paulo, o novo governo federal espera ter como aliado o Executivo do Estado mais poderoso da federação.

Mas isto não basta para que Alckmin permaneça sentado no muro diante da dúvida que invade os que desconfiam da vontade repentina do ex-governador da Opus Dei de tornar-se o segundo de Lula, o sempre execrado baderneiro da esquerda, o apoiador de comunistas, o defensor da igualdade social e da comida farta na mesa dos trabalhadores, embora com seus equívocos, entre os quais sua bondade excessiva para exploradores do povo, como os rentistas da Faria Lima.

Como vai se comportar Alckmin, por exemplo, diante da regulação democrática da mídia, cujos barões controladores (sempre aliados do ex-governador) têm colados sobre si a pecha golpista, largamente comprovada, e o currículo de defesa dos privilégios do 1% do status social, em desfavor dos interesses da maioria da população?

Este compromisso da regulação da mídia, tragicamente adiado em dois governos do PT, não mais poderá ser negligenciado por Lula, uma vez segurando a caneta oficial do Palácio do Planalto, num terceira investidura.

Regulação da mídia, nos países ditos civilizados, é realidade de muitas décadas e a razão principal de não serem seus governos eleitos sabotados e depostos por campanhas insidiosas de imprensa, manipulada por interesses de grupos políticos e econômicos em desfavor dos governados.

Pois sim, regulação da mídia, no Brasil, é um dos programas prioritários de um governo de esquerda, que precisa da assinatura embaixo, não só da rubrica, de um vice-presidente vindo da direita, embalado e vendido como fator de “governabilidade” e que, em verdade, torna-se o sonho de governo da elite banqueira-rentista-empresarial, – que já não vê meios de evitar a tri eleição de Lula, – de ter, no Executivo de esquerda, o seu domado e selado Cavalo de Troia, Geraldo Alckmin, pronto para escoicear o presidente na hora que a direita achar necessário.

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