Manifesto defende eleição de Lula no primeiro turno. Para evitar ações violentas de radicais de Bolsonaro

Frente ao aprofundamento da crise no país com o governo Bolsonaro, líderes articulam mobilização para evitar um segundo turno sob risco de radicalismo e ataques à democracia. "A natureza do fascismo é o culto da morte”, disse o senador Randolfe Rodrig8es. “A chaga do bolsonarismo representa as entranhas de um passado de autoritarismo, discriminação contra os mais pobres, elitismo, tudo isso está retratado no bolsonarismo”, disse o senador
Eleição de Lula no primeiro turno pode evitar ataques à democracia e tensão com apoiadores radicais de Bolsonaro.

Rede Brasil Atual

São Paulo – O Grupo Prerrogativas, que reúne advogados, juristas e profissionais do Direito, lançou no sábado (19) um manifesto pele eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro turno das eleições deste ano.

O manifesto é articulado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que participou de live do jornalista Gustavo Conde, transmitida na TVT, para o lançamento do manifesto. Randolfe disse que diante da situação do país com o governo Bolsonaro é preciso haver uma ampla unidade democrática para enfrentar o risco de reeleição de um governo identificado com o fascismo.

“A natureza do fascismo é o culto da morte”, disse Randolfe. Ele defendeu que resolver a eleição no primeiro turno pode evitar ações violentas de grupos radicais que apoiam Bolsonaro em um eventual segundo turno. “A chaga do bolsonarismo representa as entranhas de um passado de autoritarismo, discriminação contra os mais pobres, elitismo, tudo isso está retratado no bolsonarismo”, disse o senador.

Randolfe também informou que no dia 15 de março haverá um evento em São Paulo para a apresentação do manifesto à sociedade brasileira. O local do evento ainda não foi definido.

A live contou também com as participações de dois nomes que já foram críticos aos governos de Lula e Dilma Rousseff – o ex-senador Cristovam Buarque e a empresária Rosângela Lyra, ex-CEO da Dior que militou no movimento Vem Pra Rua e coletou assinaturas para uma iniciativa patrocinada por procuradores da Operação Lava Jato com medidas anticorrupção.

Confira a live de lançamento do manifesto

Veja, abaixo, o manifesto e a lista de signatários

“Mais do que eleger um presidente, em 2022 o Brasil fará plebiscito entre continuar o desastre ou retomar a estabilidade democrática-institucional, o fim do negacionismo, a volta da empatia social e a retomada de um desenvolvimento sustentável. Não há razão que justifique adiar para o segundo turno, correr o risco das incertezas decorrentes de disputas secundárias, e principalmente os riscos de atos fora da Constituição. Por isso, apelamos a todos os democratas, os candidatos e seus eleitores, para que nos unamos no primeiro turno a Luiz Inácio Lula da Silva.

Muitos de nós fomos e ainda somos críticos, discordamos de fatos ocorridos e posições tomadas por ele no passado, mas estamos olhando para o futuro, e não há dúvida que a história está fazendo Lula representar a alternativa que o Brasil deve abraçar neste plebiscito de 2022. Ao mesmo tempo, os acertos de seus dois governos e a disposição em construir uma frente ampla programática nos passam a confiança de que ele está preparado para a tarefa de pacificar, governar e reconstruir o Brasil.

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É Lula no primeiro turno para tirar o Brasil do descalabro que nos encontramos e os brasileiros do abismo profundo que fomos jogados.”

Movimento Pelo Brasil

Alder Teixeira – escritor e Professor (Universidade Estadual do Ceará)

Antônio Carlos de Almeida Castro – KAKAY – advogado

Armando Raggio – médico, pesquisador em saúde pública

Arnaldo Santos – jornalista e cientista político

Auto Filho – professor da Universidade Estadual do Ceará

Benicio Viero Schmidt – sociólogo, professor da UnB

Bernardo Ricupero – professor da USP

Boris Fausto – Historiador

Carol Proner – professora de Direitos Humanos

Celina Roitman – microbiologista e pesquisadora em saúde pública

Chico Buarque – compositor e escritor

Christian Lynch, – professor e cientista político

Cristina Inoue – professora na Universidade Radboud (Holanda)

Cristovam Buarque

Dinamam Tuxá – liderança e advogado indígena

Evandro Pertence – advogado

Fernanda Sobral – socióloga, professora emérita da UnB

Francisco José Teixeira – professor da Universidade Regional do Cariri – Ceará

Gabriela Gastal

Guto Gomes – Ativista Socioambiental

Hélio Doyle – jornalista

Helio Jose – ex-senador

Hussein Kalout – Professor de da Universidade Harvard

Iara Pietricovsky – Antropóloga, Codiretora da Associação Brasileira de ONGs – Abong

Isaac Roitman – Professor e membro titular da Academia Brasileira de Ciência

Lia Zanotta, – antropóloga , professora da UnB

Luiz Cruz Lima – professor da Universidade Estadual do Ceará

Luiz Eduardo Soares – antropólogo e escritor

José Eli da Veiga – professor da USP

Magno Lavigne – presidente licenciado da UGT Bahia

Marcelo Carvalho – presidente da UGT BA

Márcio Santili – ex-deputado federal constituinte

Marcos Woortmann – cientista político

Marco Aurélio de Carvalho – coordenador do Grupo Prerrogativas

Maurício Rands – advogado e professor de direito

Mauro Dutra – empresário

Milton Seligman – ex-ministro da Justiça

Moises Balestro – professor da UnB

Nathaly Beghin – economista

Paulo Dalla Nora Macedo – vice-presidente do Política Viva

Pedro Ivo Batista – Ambientalista e coordenador da Associação Alternativa Terrazul

Philip Yang, – urbanista, fundador do URBEM

Randolfe Rodrigues

Ricardo Abramovay – professor da USP

Ricardo Patah, – advogado

Roberto de Figueiredo Caldas – advogado

Romi Bencke, – Pastora de orientação luterana

Rosangela Lyra, presidente e fundadora do Política Viva

Sepúlveda Pertence – jurista

Tito Barros Leal – professor da Universidade Regional do Vale do Acaraú, Ceará

Úrsula Vidal – secretária de Cultura do Pará

Wellington Almeida – cientista político

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