Iremar Marinho
Março
Marte
Move
Meu marco
Vim
Deixado à margem
Do riacho
Do Viégas
(Corre
Para Branca
Do Tavares)
Sou assim
Molhado
Das chuvas
De março
Molhado
No ventre
Materno
Na vida
No banho
Do riacho
Logo abaixo
Branca
Molhado
A vida toda
Na brisa
Da mata
Da Grota
Do Viégas
Da Serra
Grande
Das Canoas
Ao lado
Quente-úmido
Da Serra
(Do Frio)
Vem
Da brisa
Do Rio Branca
Quente-frio
Serei eu?
Março Marte
Marco – parto
Não sei
Quando…
* (Inédito – Maceió, 6 de março de 2022)
*****
Iremar Marinho – Memórias de quem queria mudar o mundo (e ainda quer)
Iremar Marinho, jornalista-editor do Portal Dandara Zumbi, publicou seu livro de poemas, “Flores de Cana”, em 2021, em tiragem restrita, devido à pandemia, que impediu o lançamento formal. em Maceió e União dos Palmares.
“Flores de Cana” tem prefácio do arquiteto, artista plástico e poeta Pedro Cabral, que também é autor da elogiada capa do livro.
Na quarentena da pandemia, Iremar Marinho escreve suas memórias da infância, da vida estudantil, da militância política de esquerda e perseguição política pela ditadura militar, da atuação no jornalismo, da atividade sindical, da atividade como advogado e no meio cultural, com poesias suas publicadas na Coletânea Caeté do Poema Alagoano, na década de 80.
Parte de suas memórias foi publicada no Caderno Campus/O Dia, sob convite do coordenador da edição cultural, professor-escritor Sávio Almeida.
No Caderno Campus/O Dia, Iremar Marinho também publicou, em2021, a convite de Sávio Almeida, um ensaio sobre o histórico jornal Tribuna de Alagoas, do qual foi fundador, como seu primeiro chefe de Redação, junto com Dênis Agra, editor geral, e Claudio Humberto, chefe de reportagem.
A pandemia condicionou Iremar Marinho a escrever mais poemas, que pretende reunir também em livro, em seguida à disponibilização de “Flores de Cana” para o público.