Memorando a Jorge Cooper *

Norton Sarmento Filho, professor e poeta, com o poeta Jorge Cooper, Marcos de Farias Costa, Marcondes Costa e Elício Murta. Foto: Reprodução.

Norton Sarmento Filho **

 

Um homem tão patente

Quanto um dia de perfeito sol

Movido totalmente a combustível poético

Diferente de tudo que me parecia apenas diferente

 

Colossal e longevo

Assim sempre o vi ser e não ser

Na sua eterna impaciência de viver

Cada minuto ad nausean

 

Perpetrando crimes inafiançáveis

Contra a palavra morte

Absolvo-te – oh réu confesso –

Poeta excelsior da alagoanidade

 

Do mirante dos teus olhos azuis

Sai a sátira mais contundente

Misturada à ironia sagaz

Mas salgadamente amorosa

 

No pacemaker alheio que carregas

Solitário não está o coração que forte bate

Mas o poeta pedigree

Conciso e com siso

 

Cooper – adiante não vou

Adiante tu vais com todos os espermas

Fecundar miríades de seres

Que devem nascer – Malgré tout – POETAS.

 

* Publicado no semanário Última Palavra (cópia sem data)

** Norton de Moraes Sarmento Filho é graduado em Letras e Direito, professor  de Literatura e poeta. 

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