Cicero Melo
Eu, guerreiro de um deus aqui banido,
Nesta cela de sonhos acidulada
Combato os dias vãos com rubra espada,
Cavalgando corcéis de aceso olvido.
Renasço sempre ao sul da madrugada
Meus cavalos de luz de um sol partido,
Quando a noite decai sem um gemido
Forjando do inimigo a face alada.
Guerreio sempre ao claro a fera esquiva,
Aquela cuja garra a morte imana
Em sal e sangue, sândalo e saliva.
Mas é de acontecer, enquanto se ama,
Que, guerreiro, me quede a adaga ativa,
Quando vibrante o coração me inflama.
(De “O Verbo Sitiado” – “Pequena Antologia Poética”)
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“Cicero Melo, a generosidade de publicar, nas redes sociais, poetas menos conhecidos”
Os poetas de Pernambuco Virgínia Leal e José Luiz Melo escreveram sobre o poeta palmarino Cicero Melo: “Poeta dos, bons, foi um grande aventureiro no reino das palavras e das imagens, virando-as pelo avesso: