Para China, bloqueio dos EUA a Cuba é a pior violação dos direitos humanos

“Por mais de 60 anos, em total indiferença às múltiplas resoluções da Assembleia Geral da ONU, os Estados Unidos mantiveram intacto seu bloqueio a Cuba, com base em políticas de embargo e leis internas como Torricelli e Helms-Burton”
(Prensa Latina) A China descreveu hoje o bloqueio dos Estados Unidos a Cuba como o pior exemplo da contínua e grave violação dos direitos humanos, denunciando o descumprimento da democracia por Washington.

Beijing (Prensa Latina) – A China descreveu o bloqueio dos Estados Unidos a Cuba como o pior exemplo da contínua e grave violação dos direitos humanos, denunciando o descumprimento da democracia por Washington.

O Ministério de Relações Exteriores deplorou em documento a persistência dessa postura hostil por décadas e a aplicação de sanções unilaterais que violam as liberdades dos povos dos dois países.

“Por mais de 60 anos, em total indiferença às múltiplas resoluções da Assembleia Geral da ONU, os Estados Unidos mantiveram intacto seu bloqueio a Cuba, com base em políticas de embargo e leis internas como Torricelli e Helms-Burton”, disse.

Também destacou que se trata do “embargo comercial, do bloqueio econômico e das mais longas e cruéis sanções financeiras da história moderna”, já que obstruem gravemente o desenvolvimento da ilha e causam prejuízos de mais de 100 bilhões de dólares.

O texto do Ministério de Relações Exteriores em três capítulos relaciona uma série de fatos, cifras e opiniões de especialistas e organizações internacionais sobre as fissuras da democracia nos Estados Unidos, em reação a uma cúpula sobre o assunto que Washington realizará esta semana.

Ele criticou as desvantagens do sistema democrático norte-americano, bem como a superexploração do assunto para se intrometer nos assuntos internos de outras nações.

Ele denunciou o predomínio do dinheiro na política, o abuso de poder das elites, a invisibilidade das minorias étnicas e a injustiça nas regras do processo eleitoral local.

Como ele enfatizou, a crise nas práticas democráticas levou ao ataque sem precedentes ao Capitólio, exacerbou o racismo, influenciou a má gestão da pandemia Covid-19, ampliou o fosso entre ricos e pobres e anulou a liberdade de expressão.

Da mesma forma, citou como outras consequências da imposição do estilo norte-americano à eclosão de “revoluções coloridas” para minar a estabilidade em países e regiões do mundo, tragédias humanitárias e abuso de sanções também contra a Síria, Venezuela, Irã e a República Popular Democrática Coreia que violam os regulamentos internacionais. Além desta publicação, a China emitiu ontem outra para detalhar as características de sua própria democracia e abriu um encontro internacional para discutir a origem, as diferentes formas e a eficácia na aplicação dessa forma de organização social.

Essas iniciativas precedem a cúpula norte-americana convocada para os próximos dias 9 e 10 “com o objetivo de estabelecer uma agenda de renovação democrática e de enfrentar as maiores ameaças que as nações enfrentam”.

Mas analistas concordam que o encontro será mais uma tentativa de Washington de manter a hegemonia e conter a China.

PRENSA LATINA

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