Redação DCO
No programa Análise Política da Semana de 9 de abril, na COTV, foram entrevistados os companheiros Rafael Dantas e Eduardo Vasco, direto de Moscou, falando sobre as informações levantadas até o momento na Rússia.
Nossos correspondentes foram chamados pelo companheiro Rui Costa Pimenta, que faz a Análise Política do PCO, a falar o que apuraram a respeito da situação interna da Rússia.
Rafael informou que eles estão procurando estabelecer contatos com a população, movimentos sociais e órgãos do governo e da imprensa local para obterem informações e entrevistas, não só da ação militar mas também sobre o cancelamento, sanções e a censura que a Rússia vem sofrendo por parte do imperialismo. A ideia é apresentar um panorama completo da situação da ação militar e o conjunto da situação interna do país.
Diz que já fizeram vários contatos e destaca que tiveram uma reunião com um grupo, o Comitê de Coordenação com os Povos da América Latina, criado em 1973 inicialmente para acolher refugiados chilenos, vítimas do golpe de estado de Pinochet e evoluiu para envolver toda a América Latina. É formada por intelectuais, estudantes e a juventude russa com povos latino-americanos.
Na reunião conversaram sobre a intervenção militar na Ucrânia, posição majoritária a favor da intervenção no país, aspectos econômicos e políticos importantes para entender toda a situação. Informaram que fariam a viagem de Moscou a Rostov do Don no domingo à noite e que nessa terça-feira iniciam os trabalhos na cidade próxima à zona de conflito, no front de Donetsk, na Ucrânia. Destaca-se que Rostov foi a cidade russa que mais recebeu refugiados da Ucrânia. Cerca de 80 mil de origem russa.
O companheiro Vasco relata as impressões obtidas em levantamentos em Moscou até então. Em contato com a população e com a imprensa, e que a desvantagem do idioma foi superado pelo fato de que muitos russos falam inglês, espanhol e também português, além do auxílio de intérpretes. As pessoas da coordenação citada pelo Rafael falam espanhol.
Diz que muitas lojas na rua Arbatskaya têm inúmeros produtos com Vladmir Putin estampado, camisetas, bandeiras, canecas, e outros souvenirs, e também com a letra Z usada nos tanques russos que representa a vitória. São motivos populares muito procurados pelos russos, já que os turistas estão em número bem reduzido devido às sanções contra a Rússia e também pelo perigo do conflito militar. Vê-se nas ruas as pessoas portando esses materiais.
Na Rússia tem 45 canais de TV abertos e apenas cinco pertencem ao Estado. Dos três jornais contatados, dois são privados e um é do Estado, e em todos há unanimidade nas notícias que denunciam quem são os “voluntários” defendendo a Ucrânia. São mercenários e nazistas, e recebem até 5.000 dólares por dia pelo trabalho. Essas informações são divulgadas constantemente, ao contrário da imprensa estrangeira. No Brasil apenas Causa Operária divulga a verdade sobre os mercenários na Ucrânia.
Percebem que a vida está normal em Moscou, apenas menos turistas devido ao bloqueio imposto pelo imperialismo. Lojas como McDonald’s, Victoria Secret, Nike e outras encontram-se fechadas devido ao bloqueio. Rafael comenta que ouviu na TV que algumas franquias do McDonald’s resolveram abrir, contrariando o bloqueio, pensando no lucro que deixariam de receber, já que o Burger King está aberto. As demais lojas estão abertas normalmente.
Na rua em questão encontraram ainda exposição de fotos, uma em comemoração dos 80 anos da libertação de Moscou dos nazistas, a batalha de Moscou, terminada em 20 de abril de 1942, e curiosamente, estão lutando novamente contra os nazistas, agora da Ucrânia. Em ambos os casos foram ocasionadas pelo imperialismo.
A outra exposição de fotos é sobre as crianças do Donbass, organizada pelas forças armadas russas, mostrando crianças que perderam pais, avós e toda a família por ação do governo ucraniano. A intervenção do Zelenski no Donbass iniciou há oito anos atrás, quando ele subiu ao poder com a deposição do governo eleito democraticamente de Viktor Yanukovich.
Um dado importante trazido pelos coordenadores russos dos povos da América Latina, que falam espanhol, relatam que contrariamente ao que noticia a imprensa imperialista no mundo, que querem fazer a população acreditar que a ação na Ucrânia tem o objetivo de a anexar ao território russo e restabelecer a URSS, por causa da utilização da bandeira da ex-União Soviética.
Eles relatam que o exército russo tem utilizado a bandeira da ex-URSS nos tanques e em locais onde passaram a ter domínio no território ucraniano por entender que não é correto hastear a bandeira russa no território ucraniano, que os militares não têm direito de hastear a da Ucrânia. Em face do problema, os militares acharam por bem hastear a da ex-URSS, e essa atitude vem se alastrando em geral.
Novamente ficou demonstrado que o governo russo está coberto de razão pela ação militar em defesa do território e do povo, e que tem apoio unânime da população. Felizmente para os russos essa ação está sendo muito bem conduzida pelo Putin e as forças armadas, estão dando um show de estratégia e de armas muito superiores às da Otan, EUA e aliados.
Letra Z da vitória e bandeira soviética, nos tanques e cidades ocupadas
A letra Z aplicada nos equipamentos militares representa a vitória, coisa que ninguém mais duvida. E chama a atenção em todo o planeta que os militares têm usado com frequência a bandeira soviética nos tanques e nas cidades ocupadas.
Joe Biden aproveita a deixa para atacar a superioridade militar dos russos dizendo que o Putin está tentando trazer de volta a URSS, por conveniência dele, mas que na verdade a utilização da bandeira soviética tem por finalidade respeitar a soberania do povo ucraniano. Seria um desrespeito substituir a bandeira nacional por outra além de indicar a ocupação definitiva, coisa que fica claro que não é a intenção russa. Caso contrário já teriam hasteado sinalizando que são os senhores do território ocupado.
Até o momento tudo o que nossos correspondentes apuraram “negam” todas as informações que a imprensa brasileira imperialista e a mundial trazem. Negam tudo isso e trazem luz à realidade do povo e das instituições consultadas até o momento. Por isso é importante termos uma imprensa alternativa, que rompe com as falsificações dos fatos, levando a verdade concreta ao povo. Pelo fim do monopólio da comunicação.
Rafael informou que eles estão procurando estabelecer contatos com a população, movimentos sociais e órgãos do governo e da imprensa local para obterem informações e entrevistas, não só da ação militar mas também sobre o cancelamento, sanções e a censura que a Rússia vem sofrendo por parte do imperialismo. A ideia é apresentar um panorama completo da situação da ação militar e o conjunto da situação interna do país.
Diz que já fizeram vários contatos e destaca que tiveram uma reunião com um grupo, o Comitê de Coordenação com os Povos da América Latina, criado em 1973 inicialmente para acolher refugiados chilenos, vítimas do golpe de estado de Pinochet e evoluiu para envolver toda a América Latina. É formada por intelectuais, estudantes e a juventude russa com povos latino-americanos.
Na reunião conversaram sobre a intervenção militar na Ucrânia, posição majoritária a favor da intervenção no país, aspectos econômicos e políticos importantes para entender toda a situação. Informaram que fariam a viagem de Moscou a Rostov do Don no domingo à noite e que nessa terça-feira iniciam os trabalhos na cidade próxima à zona de conflito, no front de Donetsk, na Ucrânia. Destaca-se que Rostov foi a cidade russa que mais recebeu refugiados da Ucrânia. Cerca de 80 mil de origem russa.
O companheiro Vasco relata as impressões obtidas em levantamentos em Moscou até então. Em contato com a população e com a imprensa, e que a desvantagem do idioma foi superado pelo fato de que muitos russos falam inglês, espanhol e também português, além do auxílio de intérpretes. As pessoas da coordenação citada pelo Rafael falam espanhol.
Diz que muitas lojas na rua Arbatskaya têm inúmeros produtos com Vladmir Putin estampado, camisetas, bandeiras, canecas, e outros souvenirs, e também com a letra Z usada nos tanques russos que representa a vitória. São motivos populares muito procurados pelos russos, já que os turistas estão em número bem reduzido devido às sanções contra a Rússia e também pelo perigo do conflito militar. Vê-se nas ruas as pessoas portando esses materiais.
Na Rússia tem 45 canais de TV abertos e apenas cinco pertencem ao Estado. Dos três jornais contatados, dois são privados e um é do Estado, e em todos há unanimidade nas notícias que denunciam quem são os voluntários defendendo a Ucrânia. São mercenários e nazistas, e recebem até 5.000 dólares por dia pelo trabalho. Essas informações são divulgadas constantemente, ao contrário da imprensa estrangeira. No Brasil apenas Causa Operária divulga a verdade sobre os mercenários na Ucrânia.
Percebem que a vida está normal em Moscou, apenas menos turistas devido ao bloqueio imposto pelo imperialismo. Lojas como McDonald’s, Victoria Secret, Nike e outras encontram-se fechadas devido ao bloqueio. Rafael comenta que ouviu na TV que algumas franquias do McDonald’s resolveram abrir, contrariando o bloqueio, pensando no lucro que deixariam de receber, já que o Burger King está aberto. As demais lojas estão abertas normalmente.
Na rua em questão encontraram ainda exposição de fotos, uma em comemoração dos 80 anos da libertação de Moscou dos nazistas, a batalha de Moscou, terminada em 20 de abril de 1942, e curiosamente, estão lutando novamente contra os nazistas, agora da Ucrânia. Em ambos os casos foram ocasionadas pelo imperialismo.
A outra exposição de fotos é sobre as crianças do Donbass, organizada pelas forças armadas russas, mostrando crianças que perderam pais, avós e toda a família por ação do governo ucraniano. A intervenção do Zelenski no Donbass iniciou há oito anos atrás, quando ele subiu ao poder com a deposição do governo eleito democraticamente de Viktor Yanukovich.
Um dado importante trazido pelos coordenadores russos dos povos da América Latina, que falam espanhol, relatam que contrariamente ao que noticia a imprensa imperialista no mundo, que querem fazer a população acreditar que a ação na Ucrânia tem o objetivo de a anexar ao território russo e restabelecer a URSS, por causa da utilização da bandeira da ex-União Soviética.
Eles relatam que o exército russo tem utilizado a bandeira da ex-URSS nos tanques e em locais onde passaram a ter domínio no território ucraniano por entender que não é correto hastear a bandeira russa no território ucraniano, que os militares não têm direito de hastear a da Ucrânia. Em face do problema, os militares acharam por bem hastear a da ex-URSS, e essa atitude vem se alastrando em geral.
Povo russo tem muito orgulho da bandeira da União Soviética
Também trazem a informação que apesar da enorme campanha na Rússia contra o período da ex-União Soviética, destruída pelos os governos neoliberais após seu fim, o povo russo tem muito orgulho da bandeira da União Soviética. Isso entre as várias faixas etárias do povo.
O companheiro Rui expõe que a imprensa nacional e a esquerda em geral alegam que a ação militar de Putin tem gerado muitas manifestações na Rússia contra a guerra que Putin tem reprimido duramente as pessoas que se manifestam, e se isso foi observado pelos companheiros.
Rafael responde que não encontraram nada parecido com isso, e que inclusive viram um automóvel coberto pela neve e alguém tinha passado e desenhado um Z com as mãos sobre a neve. O companheiro Vasco menciona que uma mulher entrevistada por ele, diz-se não politizada, mas que apoia a intervenção, devido ao fato de que se trata de defesa do território e do povo contra a possibilidade de invasão pela Europa e EUA
Também é mencionado pelos correspondentes na Rússia que estavam juntamente com o intérprete na Praça Vermelha, e ao retirar a máquina fotográfica da mala foram abordados por seguranças que alegaram que seria necessário autorização do Kremlin. E que essa atitude é recente e devido aos bloqueios que estão sofrendo. Os seguranças relatam que recentemente jornalistas da BBC e outros veículos, utilizaram imagens do Kremlin para espionagem, gerando a necessidade desse tipo de autorização.
Os russos amigos da América relataram que um pouco antes da intervenção na Ucrânia, várias ONGs foram obrigadas a revelar as fontes de financiamento por ter sido detectado que várias delas financiavam movimentos internos contra o governo da Rússia, sendo obrigadas a saírem do país. Eram financiadas pela Cia, pelo Ned e etc, o que justifica plenamente a intervenção e expulsão dessas ONG.
Governo russo tem apoio unânime da população pela ação militar na Ucrânia
Novamente ficou demonstrado que o governo russo está coberto de razão pela ação militar em defesa do território e do povo, e que tem apoio unânime da população. Felizmente para os russos essa ação está sendo muito bem conduzida pelo Putin e as forças armadas, estão dando um show de estratégia e de armas muito superiores às da Otan, EUA e aliados.
A letra Z aplicada nos equipamentos militares representa a vitória, coisa que ninguém mais duvida. E chama a atenção em todo o planeta que os militares têm usado com frequência a bandeira soviética nos tanques e nas cidades ocupadas.
Joe Biden aproveita a deixa para atacar a superioridade militar dos russos dizendo que o Putin está tentando trazer de volta a URSS, por conveniência dele, mas que na verdade a utilização da bandeira soviética tem por finalidade respeitar a soberania do povo ucraniano. Seria um desrespeito substituir a bandeira nacional por outra além de indicar a ocupação definitiva, coisa que fica claro que não é a intenção russa. Caso contrário já teriam hasteado sinalizando que são os senhores do território ocupado.
Imprensa do PCO rompe com falsificações da mídia brasileira imperialista
Até o momento tudo o que nossos correspondentes apuraram “negam” todas as informações que a imprensa brasileira imperialista e a mundial trazem. Negam tudo isso e trazem luz à realidade do povo e das instituições consultadas até o momento. Por isso é importante termos uma imprensa alternativa, que rompe com as falsificações dos fatos, levando a verdade concreta ao povo. Pelo fim do monopólio da comunicação.