Por que o baronato da mídia de versão única não quer a regulação constitucional?

Ou se extingue o monopólio da mídia, no Brasil, ou o país soberano será extinto.

Tanques da mídia-monopólio estão agora a postos para tentarem garantir que Lula não seja eleito presidente do Brasil pela terceira vez.

Ressalte-se: ou se extingue esse  modelo de mídia, de acordo com os dispositivos que a Constituição Federal oferece para a comunicação social/pública e precisam ser regulamentados, ou o Brasil não caminhará jamais para sua democracia plena.

Quanto a entreveros e agressões de Bolsonaro, mais contra jornalistas do que contra as mídias de natureza fascista, sempre se tratou de jogo de cena, que sequer arranha a anarquia que desgoverna, por exemplo, a área de concessões públicas para exploração de TV e rádio, no país.

Sem o concurso e o apoio dessa mídia venal (com a Globo Golpista capitaneando), Bôzo & Cia de Nazifascistas não teriam encenado o espetáculo-farsa eleitoral ou “governado” sequer um dia, depois de sua chegada fake ao poder.

Há algum registro de que a “eleição” do Miliciano (só possível depois que trancafiaram Lula por encomenda dos EUA) foi condenada ou contestada com veemência por algum desses Barões do monopólio impresso-rádio-televisivo-virtual? Não há!

O problema, algum tempo depois da “eleição” fake, é a “vergonha” que todos do PIG fingiram que estavam passando, diante das “trapalhadas” do Bôzo Genocida, cometidas “em cadeia” de internet e escala mundial.

Até mesmo o Papa de Roma não teve nenhuma dúvida de que a eleição de Lula, pela terceira vez Presidente, foi roubada por Bolsonaro-Fake, perfeito Bobo da Corte da Direita-Fascista Banqueira Golpista.

Realidade hoje é que, se a Direita Rendeira parasita tiver chances de impor um “interventor militar”, porque a “operação terceira via” falhou, ela vai apostar nisto, em caso de divisar um breve aceno que seja dos quarteis, sempre ciosos na defesa da “normalidade democrática”, como se esta função constasse na relação constitucional das atribuições do empregado estatal militar. Já mandaram até um um Milicão  para “fiacalizar” o TSE, numa operação tão vergonhosa quanto autoritária sob a conivência do Congresso,  do STF e sob o silêncio tumular da OAB.

A regulação de mídia pelo mundo dito  civilizado dá conta de que, nos Estados Unidos, França, Alemanha e Inglaterra, por exemplo, existem leis para a regulamentação econômica do mercado, induzindo a competitividade e  impedindo a concentração dos meios de comunicação nas mãos de grupos poderosos. No Brasil, não foram criadas as leis para regulamentar os artigos do Capítulo V da CF, que tratam da comunicação social.

A excessiva concentração de rádios, TVs, revistas e jornais impressos por alguns grupos resulta que 70% das mídias estão nas mãos de menos de 10 famílias. Muitos políticos são proprietários de rádios e TVs locais.

Não se trata só de opinião ou de defesa de uma posição estratégica dos chamados  meios tradicionais de comunicação social, relacionar a regulamentação-regulação econômica da mídia à censura. É má fé mesmo do poder político-econômico contra o povo brasileiro, que, infelizmente, em seus variados segmentos, não sabe o que é mídia regulada e os imensos benefícios que isto trará à cultura, à educação, à veiculação correta de notícias (fim das fake news), à luta contra as desigualdades sociais, além das consequências na economia.

Ninguém lembra que a legislação de 1962, feita antes do Golpe Militar, proibia que donos de TVs e rádios de usassem esses instrumentos para fazer ativismo religioso e partidário. A normativa abordava também a regionalização, ou seja, a necessidade dos programas transmitidos não deixarem de lado as diferenças culturais do Brasil.

Regulação dos meios de comunicação não é nenhum dragão chinês ou bicho de sete cabeças, significa apenas disciplinar um setor do mercado. O professor Eugênio Bucci já observou que “não existe um mercado sem regulação, a não ser que estejamos falando de mercados paralelos, como de tráfico de droga, onde as coisas ocorrem por baixo do pano”.

A ausência de regras para a mídia “é um atraso no Brasil”, complementa Bucci, que ainda reforça, certeiro: “a ausência de regras democráticas é que favorece a apropriação indevida do que é de todos por alguns poucos”. O professor Eugênio

Bucci lembrou que a FCC, agência reguladora dos meios de comunicação dos Estados Unidos, foi criada ainda na década de 1930, “impondo regras públicas que regulam o mercado privado”,. Destacou que a bandeira de trazer para o setor de comunicações um disciplinamento democrático não pode ser visto como algo de esquerda ou de direita.  Trata-se de “uma bandeira que expressa uma necessidade do Estado democrático”.

Conclusão: com a regulação democrática constitucional da mídia, os barões perdem o monopólio que mantém a sociedade e os governos no cabresto. Se houvesse regulação da mídia, não teria sido possível o golpe contra a Presidente Dilma Rousseff, nem a prisão e a condenação ilegal do Presidente Lula.

O controle essencial dos meios de comunicação regulados passa a ser social, com o fim, sobretudo, de preservar a liberdade de pensamento e de opinião do povo, sem a manipulação do poder político-econômico, impondo seus interesses escusos. Sem regulação da mídia será mais difícil ao povo fazer a revolução de tudo que desejar revolucionar, como lhe garantem, para isto, sua autonomia e soberania.

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